Nos últimos 200 anos a esperança média de vida a nível mundial mais do que duplicou, tendo até triplicado em alguns países. No entanto, apesar deste aumento, a qualidade de saúde não aumentou de forma proporcional.
Isto quer dizer que, embora possamos viver mais anos não significa que eles sejam vividos com mais qualidade. Na verdade, tem-se observado o contrário, as pessoas vivem mais tempo mas geralmente com menos saúde, seja ela física ou mental.
Numa sociedade onde quase tudo é criado com o único objetivo de facilitar a vida ao ser humano, não obstante de existirem muitas vantagens neste desenvolvimento, devemo-nos manter conscientes das consequências menos positivas que daí advêm. Todas as comodidades/facilidades a que temos acesso na atualidade, bem como a exigência laboral que é cada vez maior (carga horária aliada a uma carência de movimento em muitas profissões) tornam-nos mais suscetíveis a desenvolver vários tipos de doença e/ou lesões:
– Diabetes e Obesidade;
– Hipertensão e outras patologias do sistema cardiovascular;
– Patologias ao nível da coluna lombar;
– Cancro;
– Sarcopénia e outras patologias do sistema músculo-esquelético;
– Etc..
Neste contexto torna-se primordial uma abordagem à saúde de cada indivíduo o mais personalizada possível.
Na área do exercício físico, a prescrição do mesmo, ou seja, a combinação das variáveis relacionadas com este, deverão ser cuidadosamente utilizadas para criar a melhor solução possível de cada vez que vai treinar, pois não importa apenas pensar qual será o melhor treino na teoria. Devemos ter sempre em conta o seu contexto, como por exemplo, sono e descanso, alimentação, stress, etc.. Na verdade, todas as áreas da nossa vida estão interligadas, influenciando-se umas às outras.
Do outro lado do espectro, no que diz respeito à atividade física, estão as pessoas que procuram ter uma vida mais ativa, mas que o fazem de forma auto didata e pouco orientada. Hoje em dia, muitas vezes essa orientação vem através de uma aplicação no seu telemóvel que não tem em conta a pessoa que a está a utilizar (talvez peça alguns dados pessoais como peso, altura e idade).
Essa falta de orientação especializada incorre de alguns riscos, nomeadamente o potencial para lesão, desmotivação ao longo do tempo e frustração de não conseguir acompanhar um processo que foi “desenhado” para todas as pessoas e nenhuma em específico.
Com uma má experiência (que também pode acontecer num ginásio) a pessoa pode vir a abandonar por completo a ideia de ter um estilo de vida diferente, e mais ativo, e parar de treinar.
Assim, se está a pensar em iniciar a prática de exercício físico ou até já está a fazer mas sem orientação, o ideal é decidir colocar a sua saúde como prioridade e investir no serviço de treino personalizado.
Este, quando de qualidade, consiste numa abordagem eclética que tem em conta a biomecânica de cada indivíduo, a anatomia e fisiologia do corpo humano, bases de prescrição de treino e, mais importante, que compreende que cada pessoa tem o seu modo de funcionar (pensar) baseado nas suas crenças e valores e, por isso, o trabalho/relação entre Personal Trainer e cliente fará toda a diferença no processo de alcançar os seus objetivos.
Nesse compromisso entre cliente e PT está a chave para o seu sucesso.
E se por acaso acha que não é para si porque é muito intenso, entenda que quando se diz que é personalizado, se de facto o profissional de exercício for competente, tudo será adaptado. Um excelente técnico de exercício físico será “comprometido com os seus objetivos mas terá que ser flexivel nas suas estratégias”.
Não deixe a sua saúde para segundo plano.
Bons treinos.
Pedro Figueiredo – PT & Coach