O presente artigo é sobre uma técnica muitas vezes utilizada por técnicos de exercício físico e terapeutas (em diversas disciplinas) para criar resistência a determinado movimento que se pretenda promover ou desenvolver num cliente/atleta.
À partida, poderia ser um artigo para qualquer profissional que lide com movimento, mas na verdade ele é para si, atleta (profissional ou amador) que pretende manter uma rotina de movimento no seu dia a dia, e que, em algum momento, provavelmente já passou pela limitação de não estar num ginásio, ou noutro sítio qualquer sem acesso a material (por exemplo: de férias ou num jardim). Que isso não seja uma desculpa! A única coisa que precisa para aplicar essa resistência é de um parceiro de treino!
A resistência manual é uma ferramenta muito interessante, porque ao mesmo tempo que permite colocar mais intensidade no seu treino, promove também a interação entre as duas pessoas, estimulando assim a componente física e social.
Partilho por isso algumas regras fundamentais para a melhor aplicação e os melhores resultados:
- Competitividade: uma vez que é uma técnica que implica a resistência de um atleta contra o outro, pode haver a tendência a oferecer uma resistência demasiado alta o que pode provocar lesão em qualquer um dos intervenientes.
- Suor: existem algumas opções de como oferecer a resistência, mas no caso de existir contacto pele com pele, é importante ter cuidado com o suor para que não exista o risco de alguém escorregar e se magoar.
- Estabilidade: procurar posições corporais o mais estáveis possíveis para que não exista o risco de cair durante a execução. Isto pode ser conseguido adaptando a base de apoio (ex.: pés mais afastados ou um pé à frente e outro atrás ou utilizando um banco ou parede para estar mais apoiado).
- Força/resistência: é importante durante todo o exercício procurar manter uma velocidade constante, através de uma resistência que seja o mais uniforme possível durante toda a amplitude de movimento. O objetivo não é um parceiro “ganhar” ao outro, apenas oferecer uma resistência ao movimento do colega.
Assim, como pode até ver na imagem que acompanha este artigo, enquanto um puxa ou empurra, o outro resiste a esse movimento. Terminando o movimento a dupla troca de ação, ou seja, o que puxou/empurrou agora resiste (excentricamente), e o que estava a resistir passa a puxar/empurrar (concentricamente).
Ficou com vontade de experimentar?
Se sim, está então na hora de combinar com o seu parceiro/a o próximo treino e experimentar esta ferramenta.
Se tiver dúvidas, ou precisar de mais sugestões, não hesite em entrar em contacto connosco. Teremos todo o prazer em ajudar.
Bons treinos!
Pedro Figueiredo – Healthcoach e Personal Trainer